terça-feira, 17 de julho de 2012

If I Can Make it There.................


Sexta feira 13, com chuva, num mês que se previa soalheiro e ideal para a prática do "praianismo", enfiada num carro com o máximo conforto, eis que sou brindada com a combinação de duas vozes galácticas americanas Frank Sinatra e Tony Bennett no tema "New York, New York" e pensei, veio mesmo a calhar. Sem hesitar aumentei o som do rádio e gozei o momento faustosamente. Naquele instante, só me apetecia ligar para a  emissora de rádio e saber quem foi o responsável pelo alinhamento das músicas naquele horário e desabridamente agradecer-lhe tamanho presente. Nunca aquele caminho tão rotineiro me dispôs tão bem.  "If I can make it there I'll make it anywhere It's up to you New York, New York......" Ao cantar esta estrofe senti o poder dessas palavras e o quão longe elas me poderiam levar se acreditasse nelas. Foram breves instantes de absoluto domínio, isolada naquele pequeno habitáculo, soltei o meu ego desafinado que fazia crescer o meu bem estar. Ninguém para me interromper, um momento só meu, sublime e que não sei se se virá a repetir. Quando algo de tão especial acontece não sabemos quando virá a surgir novamente e em que formato e por isso entreguei-me aquele extravasamento imprevisto. Soube tão bem que foi inevitável a sua reprodução em mim e nas minhas atitudes seguintes. Deveria ser assim sempre.
Aquele dia estava ganho e nem nada nem ninguém me poderia retirar de tais sensações. Foi inusitado,  foi oportuno, foi autêntico, foi libertador, foi o melhor do dia.
A chuva não constituiu incómodo algum, até empregou maior envolvência e fez-me refugiada de um conforto prazeiroso.
Há dias assim, ou melhor, momentos assim que não têm explicação só emoção. 

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Nada é Definitivo


Nem sempre podemos ter aquilo que queremos da forma como o previmos. O que podemos é mudar nossas perspectivas e passar a encarar o que se nos apresenta de um outro modo. Não se trata de fingir que gostamos mas, tão somente, não desaproveitar à partida aquilo que nos é dado. Transformá-lo em algo potencialmente bom e não num castigo que nos foi imposto. Quanto mais estreitamos a nossa visão perante a Vida e suas passagens, mais ficamos a perder. Não há modelos perfeitos e, principalmente, não há um só modelo de Vida. A Vida tem elasticidade para muito mais do que aquilo que se vislumbra. Quando algo surge nas nossas Vidas de menos bom, certamente tem um propósito, nem que seja para se expor como uma revelação daquilo que não é adequado para nós e do qual nos temos que desviar. Acreditar nisso, faz doer menos a alma e permite-nos avançar com nossas Vidas. Não fomos feitos para acumular tristezas ou desilusões, nem encará-las como nosso único destino. Quanto mais prolongamos o rasto de comiseração, mais ele nos consome e nos impede de sermos felizes.  Aceitar e Simplificar podem muito bem ser as palavras passe para a felicidade. Aceitar que nada é definitivo e simplificar, não criando demasiadas expectativas sobre as pessoas e suas acções, evita cairmos em desgostos e decepções continuadas. Isso não quer dizer que não possamos sonhar. O que não é conveniente é criar uma planta cheia de coordenadas em torno desse sonho e esperar que tal aconteça na íntegra. Se assim for, vai parecer um projecto assente em custos e benefícios.
Não vamos conseguir corresponder à imagem que os outros criaram sobre nós, nem os outros irão moldar-se à nossa semelhança. Esta pode muito bem ser uma medida de escolha de quem merece nossa maior atenção e quem merece nossa atençãozinha ou então uma forma de entendimento do nosso mundo povoado.
Não podemos encarar a Felicidade como algo distante de nós, brinde para os mais afortunados e acessível só para alguns.
O destino é só um dos caminhos que podemos tomar. Não temos que nos aprisionar a ele como se fosse a nossa única possibilidade de sermos felizes.  

  

Acordei o mundo

Najla tinha muita dificuldade em dormir. No seu entender, a vida podia acabar se se deixasse adormecer. Uma convicção implantada, desde a m...