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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Pensamento Periférico


Vivemos numa sociedade, que promove as dicotomias, conduzindo à separação e partidirização das realidades.
Parece que, todas as interpretações são sustentadas com base nessa estreita percepção da realidade, que insistimos em catalogar numa única e isolada base de entendimento.
Nem sempre quando não chove, faz sol. No entanto, nosso padrão de pensamento não concebe mais do que uma dedução. Estranhamos outras opções, outros conceitos, outros contextos, outras possibilidades, outras formas de pensamento. Estimulamos o preconceito quando antecipamos conclusões precipitadas, através de registos do tipo certo vs errado; verdade vs mentira.
Nós somos, igualmente, submetidos a um julgamento desta natureza redutora. Se não somos fortes, somos fracos; se não somos bonitos, somos feios; se não somos faladores, somos calados: se não somos perfeitos, somos imperfeitos. Isto quer dizer que, somos castigados pelas primeiras impressões, não tendo oportunidade de rebater um vaticínio tão precipitado. Confiamos nas sensações, não duvidamos das nossas crenças, nem aprofundamos outros ângulos e perspectivas.
Nosso entendimento é periférico e, portanto, não admira que construamos relações débeis e comprometamos a nossa progressão pessoal.
Há deduções resultantes de mal entendidos que inviabilizam um conhecimento sustentável e adequado da realidade. Certamente, sem saber, já fomos condenados por antecipação. Um olhar, um gesto, um comportamento descontextualizados, podem ter sido matéria fundamental para apreciações rápidas. Sendo assim, eu ou qualquer um pode forjar uma postura, um olhar, um comportamento, um gesto, para resgatar uma apreciação favorável, ainda que não coincidente com aquilo que somos verdadeiramente. Como é fácil sabotar aparências para distrair os outros da nossa essência. Afinal, pormenorizar, contextualizar, aprofundar, acompanhar e comprovar a consistência dos dados são sintomas de perdas de tempo numa sociedade tão empenhada em cultivar o vazio.
Que Maçada!
Este é o termo popular e ligeiro para definir a impaciência latente para o que realmente é importante.

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