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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Happy Endings

Esta ideia importada das telenovelas brasileiras "E todos viveram Felizes para sempre", enche-nos de esperanças vãs. Pior que isso, faz-nos acreditar que nossos desejos de felicidade devem ser os primeiros a ser satisfeitos em detrimento dos de todos os outros, que deverão aguardar na longa fila de espera. Nem sequer, invocamos terceiros para connosco partilharem da tão cobiçada e efémera felicidade, julgando-nos o único ser merecedor dessa dádiva. Acontece que, no trailer da Vida real há um leque diversificado de boas pessoas que tal como nós merecem ser Felizes. Só seremos felizes se elas também o forem, porque é com algumas delas que esbarramos no nosso dia a dia, em diferentes ocasiões. As suas manifestações de felicidade irão contagiar-nos, as quais, por sua vez, irão ser devolvidas por nós a outros, que se cruzarão no nosso caminho e, por conseguinte, irão repercuti-lo a outros mais e assim, sucessivamente. Isto claro, se não estivermos demasiado obcecados connosco e com o nosso bem estar.
Dar e receber assumem a mesma importância e é dessa troca de bondades que formamos a felicidade.
Jamais seremos felizes se não desejarmos o bem do outro. Não implica que gostemos de todos ou a todos amemos da mesma forma. Seria inútil contrariar nossos critérios de gosto. É bom que os tenhamos e não nos deixemos encantar com tudo o que aparece e, com isso, fragilizar nosso carácter.
Ao desejarmos mal aqueles de quem não gostamos, estamos a desperdiçar energias em algo que não comunga com a nossa felicidade. Só nós detemos o poder para mudar o que há em nós e criar a nossa própria concepção de Felicidade.
Ao contrário do que muitos pensam, não há um só conceito de Felicidade. Há sim uma base, onde todas as vertentes da felicidade vão beber, mas cada uma dela age independentemente.
Nas mentes mais herméticas, só há uma única forma de viver feliz. Para elas, viver feliz deve obedecer a uma ordem de vontades alheias, que nos tornam semelhantes no modo e estilo de Vida. O conceito de Felicidade aqui subjacente implica cumprir uma série de obrigações de inserção social. Têm pânico de cair na boca do povo e destoar do rebanho. Não importa, o que gostam ou não gostam. O que importa é manter as aparências e desviar atenções.
Ignoram, por completo, que a Felicidade constrói-se de dentro para fora e não de fora para dentro. Auscultar no nosso interior o que nos faz verdadeiramente felizes, sem atender aos caprichos de uma sociedade estilizada é condição essencial para progredirmos e nos distanciarmos de uma felicidade programada. Quem melhor do que nós para saber o que nos torna felizes?
Haverão sempre vozes da reacção a querer impugnar a nossa Felicidade com suas férreas crenças pessoais.
Mesmo que essas vozes nos sejam familiares pela proximidade que nos une, nem tudo o que elas transmitem é digno de ser assimilado. Muitos dos seus discursos devem ser filtrados pelo spam e recambiados para a lixeira.
Voltemos aos finais felizes das telenovelas. Convenhamos, a bobine está um pouco gasta. Que tal desconstruirmos a instituição matrimonial tão tradicional e sem grande eficácia na felicidade dos seus aderentes?
Graças à Evolução do Direito, não temos que carregar o mesmo erro a Vida inteira. O divórcio veio determinar a ruptura legal entre um casal que não quer mais estar junto e procura libertar-se para encontrar a sua felicidade noutro lugar e de um outro modo, que resulte em algo melhor.
Viver em união de facto ganhou expressão e grande adesão por parte dos jovens, que só querem assumir aquilo que existe no momento, sem garantir o que o futuro lhes possa reservar em termos de longevidade da sua união.
Há quem prefira ser livre para amar e transitar de parceiro em parceiro, acumulando novas e diferentes experiências.
Há quem não queira ter filhos e se sinta feliz ao lado do seu companheiro(a) e suas ninhadas de gatos.
Há quem parta para a produção independente e antecipe algo com que sempre sonhou.
Há quem adore famílias grandes e não se canse de gerar descendentes.
Há ainda os pais de coração que adoptam os filhos dos outros e os tornam seus, sem poupar em afectos e amor.
Há os tementes a Deus, que na sua devoção vão saciar sua carência de Amor.
Há também os casais Homosexuais que querem ser livres para Amar sem exclusão.
Transgénicos, travestis, gays, bisexuais, heterosexuais, acomodados, assumidos, não assumidos, viúvos, solitários, prostitutas, promíscuos, puritanos, góticos, satânicos, judeus, ateus, vegan, vegetarianos, budistas, viciados, são alguns exemplos dos frutos libertados pela crescente democratização da felicidade. Todos eles sem excepção querem ser felizes tal como tu e eu.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Medo de Falhar


Todos somos atacados por este medo avassalador, porque não aceitamos a falha como algo natural e parte do processo de aprendizagem e crescimento. As reprimendas que recebemos por falhar, quando eramos crianças, instigaram esse medo.
O que nos faz recuar é a incerteza da novidade e se somos, efectivamente, capazes de nos adaptar a ela e às suas exigências. Esquecemo-nos que o ganho por arriscarmos, justifica todo o mau estar que a transposição da barreira do medo provoca. Ao enfrentarmos as nossas inseguranças e as assumirmos, sem deixarmos condicionar a nossa Vida por elas, encarando-as como desafios interiores a combater com persistência e vontade de vencer obstáculos, reforçamos a confiança em nós mesmos.
Falhar pode ser cansativo, mentalmente esgotante, desmotivador, perturbador até, exigindo de nós uma renovação constante que regenere a nossa resistência à vaga de insucessos. Quem falha, tem iniciativa para lutar contra a adversidade e acredita poder mudar o rumo da sua felicidade, sem se deixar abater pelo desânimo que a escalada para o sucesso produz.
A nossa resistência interior é comprovada através de provas duras que expõem nossas fraquezas e nos intimam a agarrarmo-nos ao que temos de melhor. Atingir os nossos objectivos leva tempo, traz amarguras, ocupa-nos, aumenta as nossas expectativas, derruba as nossas esperanças, faz-nos desesperar por boas notícias que tardam em chegar. Mas não os ter, esvazia qualquer possibilidade de ser feliz e desestimula-nos, remetendo-nos à condição de seres irremediáveis, que são arrastados pelos outros.
Os que não tentaram não podem sentir arrependimento, só frustração. Os que desistiram a meio não acreditaram o suficiente. Os  que continuaram apesar dos fracassos, demonstraram ser dignos da longevidade do seu sucesso.
A nossa imagem não é confirmada pelas falhas que cometemos mas sim, pela forma como as superamos e nos fortalecemos, dando continuidade à perseguição daquilo que nos faz felizes.
Agarrarmo-nos à positividade, implica construir os nossos próprios níveis de motivação, o nosso espírito vencedor e esgotar todas as esperanças no percurso até ao topo dos nossos ideais.
Equilíbrio mental, dedicação, poder de iniciativa, arriscar, consciência de si mesmo, confiança e desapêgo pelo que nos faz acomodar são armas pessoais infalíveis para dominar. 
Mudar pensamentos e comportamentos destrutivos é fundamental para garantir vitórias individuais duradouras. Mesmo que os nossos esforços pareçam resultar infrutíferos, não nos podemos esquecer que o processo de crescimento é longo mas sustentável. Tudo tem seu tempo de maturação. Impaciência é pura perda de tempo. Para cativar ainda mais a nossa participação activa na "tirania" do nosso sucesso, devemos registar com euforia o que de bom vai sucedendo e que nos marcou positivamente.
Nossa fibra foi concebida para resistir, basta que não a aproveitemos inutilmente.
Todas as vozes negativas que ecoam interiormente devem ser abafadas e no seu lugar devemos colocar todos os estímulos positivos que desarmarão o medo e nos conduzirão onde quisermos.
Boas conquistas pessoais :)
     

Acordei o mundo

Najla tinha muita dificuldade em dormir. No seu entender, a vida podia acabar se se deixasse adormecer. Uma convicção implantada, desde a m...