Livres para pensar mas presos nos movimentos, que teimam em se manifestar e assumir uma posição que há muita precisa ser afirmada. Afinal não somos verdadeiramente livres. A passagem dos pensamentos aos atos está bloqueada e, por conseguinte, não conseguimos afirmar a nossa liberdade. O sangue ferve cá dentro e a vontade é tanta mas, um desvio dessa liberdade condicionada, pode comprometer a nossa imagem e acabar com a nossa razão. É tão difícil ser tolerante para com determinadas naturezas humanas, com falhas de caráter profundas e irreversíveis. Até o objeto, que eu tantas vezes aqueci em minhas mãos para lhes arremessar, é mais valioso e digno de ser poupado. Só sobram as palavras implacáveis, para exercer o meu poder liberatório, de as ver encolher na sua pequenez. No entanto, tratam-se de criaturas desprovidas de alcance mental e, portanto, jamais conseguiriam entender o significado dos termos aplicados. Inclinariam a cabeça como o Yorkshire do meu vizinho, quando me vê chegar a casa, e arreguilariam os olhos em sinal de confusão mental.
Suas almas jamais levitarão até ao céu. O peso da maldade fará com que fiquem soterradas e virem alimento principal dos parasitas, imunes a más digestões.
Quem lhes acha graça é tão engraçado quanto elas, o que quer dizer que acabará também em desgraça.
Enquanto espero pela justiça divina vou-me contentando com a construção de imagens mentais do tipo vê-las sem o dentinho da frente, ou exibindo uma longa cauda de lagarto a descer do fundo das costas até ao chão, ou afetadas por uma língua que enrola quando tentam falar e desenrola quando querem estar em silêncio. Seria genial. Se os desejos para 2012 fossem mais de 12, estas seriam as minhas últimas opções. Os outros 12 já têm destino e não as incluem obviamente.
Devo estar a chocar uma espécie de insanidade mental sem precedentes e com tendência para permanecer. Se não é isso então deve ser sinusite. :D
Preferia que fosse insanidade. Sempre é mais divertido e não faz dor de cabeça.

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