domingo, 12 de agosto de 2012

Um "Abre Olhos"



Querida Amiga Verdadeira. Amiga de longos Invernos e Verões apressados, que deixam saudades. A Ti, dedico estas minhas palavras, que creio ajudarem a quebrar a distância física que impede de estarmos juntas tantas vezes quantas aquelas que achamos que merecemos. Tenho tanto para te contar, mas não sei por onde começar. Se adotar o critério da prioridade, então minha tarefa fica difícil de ser superada, pois todos esses acontecimentos exercem influência na minha Vida e cada um assume uma importância particular. Desde que me abandonaste para cuidar da tua Felicidade, algo que eu entendi perfeitamente apesar de me entregares à solidão, acabou por se tornar num factor sorte. Se bem que a tua presença alegraria ainda mais os meus dias e fomentaria ainda mais a minha Felicidade. Não sei se estás preparada para assimilar tudo aquilo que tenho para te revelar, por isso recomendo que reserves a leitura desta minha carta para uma altura de maior disponibilidade, pois vais precisar de dispôr de todos os teus sentidos. Lembras-te da promessa que eu tinha feito quando me despedi de ti à três anos atrás, lavada em lágrimas de despedida? Lembras pois. Ainda outro dia mencionaste-o e eu, propositadamente, desviei o assunto apesar de, naquele momento, ter algo para desenvolver sobre isso. Só que preferi arrastar por mais algum tempo as novidades. Até me admirou não insistires. Se calhar se tivesses insistido eu teria desbobinado tudo e arrematado o assunto. Não sou Mulher de curtas metragens. Sempre gostei de prolongar um pouco mais. Os resumos tiram toda a criatividade e graça aos episódios. Marca bem este dia na tua agenda pois será um dia memorável para ambas. Finalmente vou desabafar o que tenho entalado e tu vais usufruir dessa revelação e partilhar dos mesmos sentimentos. Dá-me só tempo de servir-me de um copo de martini rosso, para aguentar toda a intensidade do momento. És servida? Não gosto de pecar sozinha. Serve-te à vontade.
Foi tudo muito repentino, mágico e revelador. Uma Nova Realidade se impôs. Aliás, não se tratou de uma nova realidade mas da mesma Realidade, só que vista de outro ângulo.  Descobri que era Feliz e não sabia. Finalmente saí do coma paralisante que me retirou a lucidez e descobri que tinha conquistado a Felicidade. Só precisava dar-lhe maior apreço. Algo me tinha impedido de ver a Realidade diante de mim. Quando fiz a promessa de ser feliz desconhecia que já o era. Pelos vistos, também tu querida Amiga já o sabias só eu é que vivia na ignorância. Estupidamente insistia em ver a Minha Vida através das lentes daqueles que só sabem desdenhar e apontar. Um beliscão me fez acordar e colar todos os retalhos da minha Vida num grandioso smile que eu decidi partilhar contigo Minha Grande e Eterna Amiga, que nunca desistiu da Nossa Amizade.
Eu que pensava ter pouco do que me orgulhar, por não ter uma Vida exuberante em sucessos que me distinguissem dos demais. O que nos deve verdadeiramente distinguir são as nossas atitudes, o nosso coração, a nossa bondade, a nossa sensibilidade, os nossos valores, as pessoas que conquistamos, aquilo que transmitimos e tudo aquilo que geramos. É Disso que nos devemos orgulhar. O resto são meros acessórios que só nos sabem distrair do mais importante.


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