Acabaram-se as histórias encantadas com finais felizes. Já nem imaginário criativo temos para criar ou sequer imaginar contextos encantatórios. A realidade consome todo o nosso tempo. Para além disso estamos enfiados em nós mesmos e nas nossas próprias dores o que torna ainda mais difícil descolarmo-nos e sonharmos mais e duradouramente.
Voamos cada vez menos e, certamente, por isso também esboçamos menos sorrisos e contribuímos menos para a nossa própria felicidade.
Os nossos monitores de trabalho limitam a nossa capacidade de enxergar mais longe e quando levantamos os olhos para ver o que se passa à nossa volta já nosso olhar está enfraquecido e sem capacidade de uma visão mais ampla.
Os trajetos são sempre os mesmos quer na ida quer no regresso, o encadeamento de tarefas também não sofre alteração, o ritmo sempre acelerado, os colegas hão de ser sempre os mesmos, até os aborrecimentos são sempre os mesmos e a saturação cresce com a repetição incessante.
Tudo nos passa ao lado, deixamos de nos comover, somos cada vez mais individualistas, descrentes, irresponsáveis pelo outro, mesquinhos, invejosos, caprichosos, soldadinhos de chumbo com pose de altas patentes.
Já nem sabemos o que são convicções próprias. Perdemos a noção de nós mesmos e cultivamos vazios que redundam em relações debéis ou inconsistentes.
Rico e Feliz é aquele que consegue sair da masmorra, saltar vedações, correr como o Tom Sawyer ou o Forrest Gump e retirar peso à Vida.
Run Forrest Run.
Nós corremos efetivamente mas não corremos por Ter Vida mas em função da Vida.
Suportamos o insuportável porque tem de ser, ou melhor, porque preferimos assim a ter que encetar uma mudança da qual não há garantias, só expectativas.
Exigimos demasiado uns dos outros, como se eles fossem a causa de todos os problemas.
Confiamos desconfiando.
Amamos sem tempo.
Carregados de energia artificial e desprovidos de interesse.
Sofremos de Inconformismo resignado.
Fazemos fretes naquilo que nos poderia tornar útéis e melhores.
Não vale a pena e ficamos por aí.
Tudo Eu Tudo Eu.
Queixamo-nos de barriga cheia.
Remoemos para dentro ou baixinho.
Conspiramos a toda a hora.
Apostamos em probabilidades remotas.
Queremos ficar por cima e entoar nosso triunfo
Invocamos o divino para disfarçar nossa bondade.
Achamos sempre que merecemos mais mesmo não o merecendo.
Cada um por Si
Alimentamos o superficial.
E no entretanto, deixamos de ler aquele livro, apreciar aquela paisagem, amar quem nos ama, fazer descobertas, aprofundar conhecimento, criar novas amizades, conviver com o mundo espiritual, progredir, cuidar, respeitar, engrandecer.
Os trajetos são sempre os mesmos quer na ida quer no regresso, o encadeamento de tarefas também não sofre alteração, o ritmo sempre acelerado, os colegas hão de ser sempre os mesmos, até os aborrecimentos são sempre os mesmos e a saturação cresce com a repetição incessante.
Tudo nos passa ao lado, deixamos de nos comover, somos cada vez mais individualistas, descrentes, irresponsáveis pelo outro, mesquinhos, invejosos, caprichosos, soldadinhos de chumbo com pose de altas patentes.
Já nem sabemos o que são convicções próprias. Perdemos a noção de nós mesmos e cultivamos vazios que redundam em relações debéis ou inconsistentes.
Rico e Feliz é aquele que consegue sair da masmorra, saltar vedações, correr como o Tom Sawyer ou o Forrest Gump e retirar peso à Vida.
Run Forrest Run.
Nós corremos efetivamente mas não corremos por Ter Vida mas em função da Vida.
Suportamos o insuportável porque tem de ser, ou melhor, porque preferimos assim a ter que encetar uma mudança da qual não há garantias, só expectativas.
Exigimos demasiado uns dos outros, como se eles fossem a causa de todos os problemas.
Confiamos desconfiando.
Amamos sem tempo.
Carregados de energia artificial e desprovidos de interesse.
Sofremos de Inconformismo resignado.
Fazemos fretes naquilo que nos poderia tornar útéis e melhores.
Não vale a pena e ficamos por aí.
Tudo Eu Tudo Eu.
Queixamo-nos de barriga cheia.
Remoemos para dentro ou baixinho.
Conspiramos a toda a hora.
Apostamos em probabilidades remotas.
Queremos ficar por cima e entoar nosso triunfo
Invocamos o divino para disfarçar nossa bondade.
Achamos sempre que merecemos mais mesmo não o merecendo.
Cada um por Si
Alimentamos o superficial.
E no entretanto, deixamos de ler aquele livro, apreciar aquela paisagem, amar quem nos ama, fazer descobertas, aprofundar conhecimento, criar novas amizades, conviver com o mundo espiritual, progredir, cuidar, respeitar, engrandecer.
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