Quero encetar um programa de perda de peso, através do exercício físico.
Inclusive, comprei uma passadeira de corrida, com todas as funcionalidades. Até já, a estreei. Comecei devagar pois, a resistência não era muita. Mas, acabei por desistir precocemente. Acho que o facto de ser tudo tão devagar, acabou por amolecer a minha vontade de continuar.
Há sensivelmente quatro anos atrás, não perdia a oportunidade de correr no tapete, em modo acelerado e ao longo de quarenta e cinco minutos e só parava, após marcar quinhentas calorias perdidas.
Sentia-me uma quarentona enxuta, como se acabasse de completar trinta anos.
Na época, minha relação com os botões e fechos era pacífica. Nada de puxões, nem esgaçar, para caber melhor. As costuras não marcavam a pele, nem impediam a circulação. Podia esticar-me, espreguiçar, fazer a espargata, contorcer-me, rebolar, debruçar-me e não arriscava sequer, ficar seminua ou descomposta.
A leveza, sentia-a, quando os meus pés em bico suportavam o peso do meu corpo e surpreendia todos com a minha chegada suave.
Hoje, já não posso dizer o mesmo. Minha chegada é retumbante e meus pés estalam de dor quando me tento erguer neles.
Com o passar da idade, o esforço para manter o peso ideal redobra.
A motivação perde-se por entre as pregas que vão definindo nosso corpo.
Ultimamente, ando a desenvolver um ódio de morte pelas cadeiras de braços, que entalam toda a minha dimensão feminina. Obrigam-me a sentar na ponta e desafiar equilíbrios impossíveis.
Minha querida Mãe e Irmã aconselham-me a usar roupa que me favoreça.
Naquele momento, apetece-me deixá-las pouco favorecidas com a boca de lado.
O que eu me contenho. Meu Deus!
Sua sensibilidade é igual a um camião sem travões, desgovernado na auto estrada.
O pior é que elas não sabem parar, nem perceber meu incómodo e ditam aquilo que me vai fazer bem e tirar deste estado estafermo.
Apetecia-me entalá-las com duas buchas de pão mas prefiro comê-las eu e sossegar minha ansiedade com hidratos. :)
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