quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Elos Femininos

Quero mais Mulheres Unidas!

Este é um grito em forma de apelo/desejo para que isto mude e possamos afirmar-nos livremente, sem julgamentos, nem opressões.

Não precisamos aglomerarmo-nos em almoços e jantares, alusivos ao dia da mulher, para vingarmos a nossa condição feminina e demonstrarmos que podemos gozar da mesma liberdade dos homens.

Os homens ficam de fora, é certo, porém, os machistas continuam os mesmos e a militância machista não acaba com a celebração do dia da Mulher.

A celebração deste dia reafirma a necessidade de continuar a lutar pelos direitos das mulheres e no dia em que deixarmos de celebrá-lo, então, é caso para dizer que conseguimos fazer justiça e desviar a concentração do poder de decisão para as mulheres.
  
Os homens providos de inteligência emocional e bem resolvidos respeitam e reconhecem a importância das mulheres na sua vida. Reconhecem-nas, não pelo seu grau de utilidade relativamente a eles, mas pelo que entregam e acrescentam.
  
Seguramente, cresceram num ambiente onde há espaço para todos e as presenças femininas são poderosas e valorizadas, para além de serem uma inesgotável fonte de amor.

Está na hora de alguns homens despirem o fato velho e gasto dos privilégios, herança dos seus antepassados primitivos e machistas.

Unidas na defesa dos direitos das mulheres, no seu crescimento, no acesso às mesmas oportunidades, protegidas por uma ética de reconhecimento, que não distingue gêneros, no alívio das cargas que lhes colocam, só porque nasceram mulheres, na erradicação de escrutínios, objetificações, castas, comparações, validações e modelos ou padrões já vencidos, que visem as mulheres. É desta forma que seremos vingadas!

Para acabar com a onda de violência e injustiças cometidas sobre as mulheres e ganhar esperança num mundo justo, é preciso mudar mentalidades através da formação das comunidades jovens, seus tutores, pais, professores, orientadores, no sentido de criar bases de entendimento saudáveis, sustentadas por uma comunicação permanente e consciente da importância do outro.

Os desejos e vontades das mulheres não podem ser mais secundarizados e dominados pelos dos homens, com base num legado imposto, nunca proposto, a que perigosamente nos fomos habituando e resultou numa conivência com caráter de penitência.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Partiu um Homem Bom!

 Partiu um Homem Bom!

É assim que o vamos recordar, porque ele é um homem genuinamente bom. De todos os papéis que assumiu e foram muitos, honrou-os a todos com sua generosa e meiga forma de ser. Felizes daqueles que o conheceram e com ele conviveram como eu. 

Sempre de lenço na mão a enxugar as lágrimas de riso ou de emoção. Sem saber, estava a expor o seu terno e bondoso coração. 

Todos os domingos, perto da hora de almoço, corria até à entrada de casa para nos receber e essa era a sua maior alegria, ver-nos bem e próximos. 

Os rapazes?

E o menino?

Tal era a ansiedade de os reencontrar.

O último passeio que fizemos juntos, deixou muitas e boas memórias. A harmonia era tão grande e as sensações tão boas, que nem reagimos à desesperante demora do nosso pedido, feito num restaurante algures em Montargil. Tudo era motivo de riso e gargalhada. A feijoada seria apenas um consolo.

Estávamos possuídos de felicidade.

Até me lembro da última piada do Sr. Fernando, enquanto passeávamos em Constança. Ao cruzarmo-nos com uma família congelada para a foto, ouço-o dizer baixinho " 1 2 3 fecha os olhos".

Nunca negava ajuda e fugia de ser ajudado.

Entre outras coisas, o que mais admiro nele é a vontade genuína de estar connosco, sem exigir nada em troca, sem reclamar a melhor parte para si, nem pedir silêncio para ouvir as notícias, nem demonstrar desconforto ou incómodo por permanecermos ali e impedi-lo de dormir a sesta. Aproveitava o presente!

Não descarregava passado, nem se atormentava com o futuro.

Hoje concluiu a sua passagem terrena e ascendeu a um lugar celeste e divino. Só espero que nesse lugar sagrado haja frango no churrasco. Sei que ia adorar!

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

CAFÉ OU CHÁ?

 

Café ou Chá?

Definitivamente café.

Nem hesito quando me dão essa opção, mas preferia não estar sujeita a este escrutínio, que parece querer criar divisões e ditar partidos.

 

Será que os coffee lovers são muito diferentes dos tea lovers?

 

Dentro desta categoria destaco os que colocam açúcar e os aderentes ao sugar free. Aproveito para adiantar que esta partidarização tem mangas para continuar, basta querer.

 

Se quiser dar continuidade a esta subdivisão de categorias, não me faltam opções.

 

Os que preferem bebê-lo quente e os que preferem bebê-lo morno, quase frio.

 

Os que dispensam o pires e aqueles para quem o pires é fundamental.

 

Se lhe dermos a escolher café ou chá, qual será a sua preferência?

 

Será que há um padrão que se desenha através das nossas escolhas mais básicas e desvenda a nossa personalidade?

 

Será que há um padrão nas nossas escolhas habituais que define a nossa linha de pensamento político, religioso e social?

 

Em que medida, há linhas mestras de pensamento comuns, que conseguimos identificar através das nossas preferências, escolhas, tendências e tomadas de posição?

 

Melhor dizendo, quem toma café ou chá está colado a que linha mestra de pensamento?

 

Intensos ou Moderados?

 

Ateus ou Católicos?

 

Conservadores ou Livres?

 

Clássicos e Puristas ou Modernos e Progressistas?

 

Independentes ou Dependentes?

 

Esquerda ou Direita?

 

AND SO ON

 

Certamente há aqueles que preferem ambas e não discriminam e é, justamente, essa indefinição que os destaca desses registos únicos, exclusivos e partidaristas.

 

É legítimo considerar este género uma minoria?

 

É legítimo afirmar que a maioria de nós tem maior inclinação por uma dessas bebidas (café ou chá) e com base nisso é possível perceber o padrão, a simpatia por certas tipologias de pensamento e contextos, em detrimento de outros?

A atenção a estes pormenores aparentemente sem importância, ajudariam a antecipar incompatibilidades e evitar a ocorrência de muitos problemas relacionais.

 

NÃO VOS PARECE?

 

Há hábitos, há preferências, há tendências sistemáticas que geram um padrão e sinalizam a nossa forma de ser e interagir.

 

Podemos considerar um facto ou não passa de uma observação avulsa que não basta para construir uma verdade absoluta?

 

Este pode muito bem ser o Dia Internacional dos Pensamentos Soltos e se não estiver no alinhamento da rubrica há dias para tudo, sugiro que o criem, para que esta minha divagação ganhe um enquadramento e faça sentido. 😊


CAFÉ OU CHÁ?


Obrigada!

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

BEBIDAS À PARTE

Bebidas à parte. Novamente, essa conversa. Socorro!
E se agora entrássemos nessa tendência de excluir o que parece acessório mas NÃO É.
Para mim beber durante a refeição é fundamental e melhora minha digestão. Recuso-me a morrer entalada ou ser boneco de borracha para demonstração pública de uma manobra de heimlich, feita por um amador/aproveitador qualquer, aspirante a  socorrista.
As bebidas têm de estar incluídas. Ponto!
Assim como a meia tem de estar incluída nas sapatilhas.
Assim como a chávena de chá, das visitas não habituais, tem de levar pires.
Assim como estufados com molho têm de ser acompanhados com pão.
Assim como papel de embrulho tem de vir acompanhado com laço.
Assim como carácter e personalidade estão interligados.
Para casar são precisos dois. Ninguém casa sozinho.
Comida casa com bebida e bebida casa com comida.
Há que estabelecer limites.
Qualquer dia exigem que tenhamos a dentição toda para ter acesso aos menus.
Só entra neste estabelecimento quem trouxer comprovativo de dentição própria definitiva, em bom estado e sem falhas e, claro, as bebidas são à parte.
Se quiser guardanapos peça a um dos nossos funcionários, responsáveis pelo economato.
Esta será uma das medidas futuras do team bebidas à parte.
E se essa moda pega nas relações amorosas?
Eu relaciono-me contigo mas os beijos são à parte. Para me beijar tem de deixar uma caução de 200 francos, que eu devolverei caso o beijo seja do meu agrado.
Pensando bem, esta medida até que é promissora. Acabaria com a procriação de sapos travestidos de príncipes ou sapas travestidas de princesas.
Escolham melhor vossas implicâncias.
Não impliquem com as bebidas. PLEASE!!!!!









 

Acordei o mundo

Najla tinha muita dificuldade em dormir. No seu entender, a vida podia acabar se se deixasse adormecer. Uma convicção implantada, desde a m...