Escrita livre que, convida a pensar e sentir. Com a Escrita, empreendo fugas oportunas. Atribuo interesse aquilo que parece não ter interesse nenhum. Entendo que, a genialidade é mesmo essa. A Escrita Gourmet tem o seu próprio paladar mas, nem todos o saberão entender. Provavelmente, só os espíritos mais sensíveis encontrarão afinidades, semelhanças, identificação, emoções, realidades diversas, meio mundo, todo o mundo. Encontrarão aquilo que, a disponibilidade dos seus espíritos permitir.
quarta-feira, 10 de abril de 2024
O que se seguirá?
segunda-feira, 25 de março de 2024
A Felicidade não é uma profissão
A Felicidade persegue-nos ou nós é que perseguimos a felicidade?
Agora, fiquei na dúvida.
O tema felicidade não é novo mas, subitamente, ganhou um mediatismo esquizofrénico e a pressão para sermos felizes é torrencial. Até parece que todos nascemos privilegiados e se cumprirmos determinados mandamentos, práticas e súplicas seremos verdadeiramente felizes.
No meu caso, sinto que a felicidade me persegue a todo o tempo e toda a hora. Os modelos de felicidade atuais massificaram-se e as montras virtuais exibem-nos de forma descarada e alucinada, fazendo-me acreditar na sua multiplicação e no seu foco de contágio.
O que me impede de acreditar nesses modelos purpurina é um ditado antigo e geracional que me intima a ver para crer. Só compro, se conseguir comprovar seus benefícios em mim.
Estes são os remédios infalíveis para ser feliz, prescritos por gurus encartados em felicidade.
Dormir bem,
Comer melhor,
Ingerir muita água,
Praticar exercício físico,
Meditar,
Agradecer,
Sorrir,
Socializar com pessoas positivas e bem humoradas,
Caminhar na natureza,
Fazer novos amigos,
Respirar fundo....e tentar não ter um ataque de ansiedade.
A felicidade não é uma profissão, nem uma folha com limites e margens que não podem ser ultrapassadas.
Vejam o caso dos obsessivo compulsivos e supersticiosos, que precisam escovar os dentes durante trinta segundos, para não atrair azares. O que os movimenta é a rival antagonista da felicidade. Suas ações repetitivas funcionam como as orações orientadas para deus, ajudá-los a não desviar-se do caminho e orientá-los.
Sou feliz quando percorro as estradas de Portugal e visito de longe as casas arrumadas na paisagem, prescruto-as, sem invadir seus aposentos, decifro os seus gostos, invento detalhes escondidos, procuro sinais de vida e depois regresso à minha, plena de contentamento.
A felicidade não é o propósito. O propósito é viver!
segunda-feira, 18 de março de 2024
AMANHÃ É DIA DO PAI
A propósito disso, lembrei-me de todos os pais repetentes, aqueles que têm mais do que um filho e se isso contribuiu para uma maior aprendizagem sobre como ser um bom pai.
Eu sou a filha mais velha, juntamente, com a minha irmã gémea e acredito que para os meus pais, não tenha sido fácil saber, no dia do parto, que afinal em vez de uma, seriam duas meninas. Minha mãe ainda não devia ter recuperado a consciência e meu pai, perdeu-a naquele instante. Nem houve tempo para assimilar a notícia. O choque deve ter sido tsunámico,
terça-feira, 5 de março de 2024
VIOLA DAVIS
Se há mulher que merece um epíteto é Viola Davis.
Viola a dominadora!
De facto, ela domina a sua arte e tudo o que ela faz é dominante e avassalador.
Não sei se a conhecem. Certamente, já ouviram falar dela e, muito provavelmente, assistiram a pelo menos um dos filmes, onde ela é protagonista. Se não, aconselho a visitarem seus trabalhos mais recentes. A sua entrega é total e avassaladora. Parece até que, permanece dependente do sonho para sair da miséria abjeta onde cresceu.
As suas personagens são carismáticas e intensas.
É impressionante o seu estoicismo e garra para vencer as duras batalhas herdadas dos seus antepassados e escapar de um destino desastroso. Apesar de ter nascido condenada, não claudicou. Demarcou-se dessa condenação, procurou ativamente sair daquele beco sem saída e foi bem sucedida. Aliás, muito bem sucedida.
Um exemplo de superação!
Na entrevista intimista concedida a Oprah Winfrey confessou que, o sonho de ser atriz era a sua única saída, lado a lado, em termos de importância, da comida e higiene, num período de extrema escassez e carência.
A sua fibra é algo inato e Viola soube tirar aproveitamento dessa bênção. Diante de um enquadramento tão devastador, é muito difícil contrariar as evidências e construir um caminho novo de oportunidades com muita ilusão, como ela o fez. O normal seria acabar na indigência, com muitos traumas por resolver e num modo auto destrutivo.
Viola contrariou todas as previsões e tornou-se um prodígio.
sexta-feira, 1 de março de 2024
ANITA EM CAMPANHA ELEITORAL
Conhecem a Anita dos livros infantis?
Há 70 anos atrás, Anita já era uma menina politizada. Tudo indica que foi ela quem iniciou o movimento das campanhas eleitorais.
Não acreditam?
Então, vejam só, se todas as histórias onde ela participou e foi protagonista não se passam na rua, em contato com pessoas, nos seus contextos profissionais e sociais.
Até lhe chamam a Anita das arruadas.
Anita no mercado
Anita no quartel dos bombeiros
Anita na rua
Anita no lar de idosos
Anita no posto da gnr
Anita na feira
Anita no campo
Anita na escola
O que faria Anita nestes lugares povoados de futuros votantes?
A sua aparição nestes contextos não era inocente, havia uma motivação por trás de tudo isso.
Agora sei disso, mas enganou-me bem.
O modus operandi da Anita é conhecido.
Ganhar proximidade com as pessoas, mostrar afeto e conquistar sua confiança, para no dia de todas as decisões, elegerem-na como a favorita.
Acho até que foi ela quem registou esse método de atuação e vigora até hoje.
Suspeito que, André Ventura, Luís Montenegro, e Pedro Nuno Santos se inspiraram nos seus livros e adotaram suas estratégias de abordagem política.
Há uma Anita versão 7.0 em cada um deles.
Estejam atentos!
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024
Elos Femininos
Quero mais Mulheres Unidas!
Este é um grito em forma de apelo/desejo para que isto mude e possamos afirmar-nos livremente, sem julgamentos, nem opressões.
Não precisamos aglomerarmo-nos em almoços e jantares, alusivos ao dia da mulher, para vingarmos a nossa condição feminina e demonstrarmos que podemos gozar da mesma liberdade dos homens.
Os homens ficam de fora, é certo, porém, os machistas continuam os mesmos e a militância machista não acaba com a celebração do dia da Mulher.
A celebração deste dia reafirma a necessidade de continuar a lutar pelos direitos das mulheres e no dia em que deixarmos de celebrá-lo, então, é caso para dizer que conseguimos fazer justiça e desviar a concentração do poder de decisão para as mulheres.
Os homens providos de inteligência emocional e bem resolvidos respeitam e reconhecem a importância das mulheres na sua vida. Reconhecem-nas, não pelo seu grau de utilidade relativamente a eles, mas pelo que entregam e acrescentam.
Seguramente, cresceram num ambiente onde há espaço para todos e as presenças femininas são poderosas e valorizadas, para além de serem uma inesgotável fonte de amor.
Está na hora de alguns homens despirem o fato velho e gasto dos privilégios, herança dos seus antepassados primitivos e machistas.
Unidas na defesa dos direitos das mulheres, no seu crescimento, no acesso às mesmas oportunidades, protegidas por uma ética de reconhecimento, que não distingue gêneros, no alívio das cargas que lhes colocam, só porque nasceram mulheres, na erradicação de escrutínios, objetificações, castas, comparações, validações e modelos ou padrões já vencidos, que visem as mulheres. É desta forma que seremos vingadas!
Para acabar com a onda de violência e injustiças cometidas sobre as mulheres e ganhar esperança num mundo justo, é preciso mudar mentalidades através da formação das comunidades jovens, seus tutores, pais, professores, orientadores, no sentido de criar bases de entendimento saudáveis, sustentadas por uma comunicação permanente e consciente da importância do outro.
Os desejos e vontades das mulheres não podem ser mais secundarizados e dominados pelos dos homens, com base num legado imposto, nunca proposto, a que perigosamente nos fomos habituando e resultou numa conivência com caráter de penitência.
terça-feira, 20 de fevereiro de 2024
Partiu um Homem Bom!
Partiu um Homem Bom!
É assim que o vamos recordar, porque ele é um homem genuinamente bom. De todos os papéis que assumiu e foram muitos, honrou-os a todos com sua generosa e meiga forma de ser. Felizes daqueles que o conheceram e com ele conviveram como eu.
Sempre de lenço na mão a enxugar as lágrimas de riso ou de emoção. Sem saber, estava a expor o seu terno e bondoso coração.
Todos os domingos, perto da hora de almoço, corria até à entrada de casa para nos receber e essa era a sua maior alegria, ver-nos bem e próximos.
Os rapazes?
E o menino?
Tal era a ansiedade de os reencontrar.
O último passeio que fizemos juntos, deixou muitas e boas memórias. A harmonia era tão grande e as sensações tão boas, que nem reagimos à desesperante demora do nosso pedido, feito num restaurante algures em Montargil. Tudo era motivo de riso e gargalhada. A feijoada seria apenas um consolo.
Estávamos possuídos de felicidade.
Até me lembro da última piada do Sr. Fernando, enquanto passeávamos em Constança. Ao cruzarmo-nos com uma família congelada para a foto, ouço-o dizer baixinho " 1 2 3 fecha os olhos".
Nunca negava ajuda e fugia de ser ajudado.
Entre outras coisas, o que mais admiro nele é a vontade genuína de estar connosco, sem exigir nada em troca, sem reclamar a melhor parte para si, nem pedir silêncio para ouvir as notícias, nem demonstrar desconforto ou incómodo por permanecermos ali e impedi-lo de dormir a sesta. Aproveitava o presente!
Não descarregava passado, nem se atormentava com o futuro.
Hoje concluiu a sua passagem terrena e ascendeu a um lugar celeste e divino. Só espero que nesse lugar sagrado haja frango no churrasco. Sei que ia adorar!
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024
CAFÉ OU CHÁ?
Café ou Chá?
Definitivamente café.
Nem hesito quando me dão essa opção, mas preferia não estar sujeita a este escrutínio, que parece querer
criar divisões e ditar partidos.
Será que os coffee
lovers são muito diferentes dos tea lovers?
Dentro desta categoria destaco os que colocam açúcar e os aderentes ao sugar free. Aproveito para adiantar que esta partidarização tem
mangas para continuar, basta querer.
Se quiser dar continuidade
a esta subdivisão de categorias, não me faltam opções.
Os que preferem bebê-lo
quente e os que preferem bebê-lo morno, quase frio.
Os que dispensam o pires e
aqueles para quem o pires é fundamental.
Se lhe dermos a
escolher café ou chá, qual será a sua preferência?
Será que há um
padrão que se desenha através das nossas escolhas mais básicas e desvenda a
nossa personalidade?
Será que há um
padrão nas nossas escolhas habituais que define a nossa linha de pensamento
político, religioso e social?
Em que medida, há
linhas mestras de pensamento comuns, que conseguimos identificar através das
nossas preferências, escolhas, tendências e tomadas de posição?
Melhor dizendo, quem toma café ou chá está colado a que linha mestra de
pensamento?
Intensos ou Moderados?
Ateus ou Católicos?
Conservadores ou Livres?
Clássicos e Puristas ou Modernos e Progressistas?
Independentes ou Dependentes?
Esquerda ou Direita?
AND SO ON
Certamente há aqueles que
preferem ambas e não discriminam e é, justamente, essa indefinição que os
destaca desses registos únicos, exclusivos e partidaristas.
É legítimo considerar este
género uma minoria?
É legítimo afirmar
que a maioria de nós tem maior inclinação por uma dessas bebidas (café ou chá) e com base nisso é possível perceber
o padrão, a simpatia por certas tipologias de pensamento e contextos, em
detrimento de outros?
A atenção a estes pormenores
aparentemente sem importância, ajudariam a antecipar incompatibilidades e evitar
a ocorrência de muitos problemas relacionais.
NÃO
VOS PARECE?
Há
hábitos, há preferências, há tendências sistemáticas que geram um padrão e
sinalizam a nossa forma de ser e interagir.
Podemos considerar
um facto ou não passa de uma observação avulsa que não basta para construir uma
verdade absoluta?
Este pode muito bem ser o Dia Internacional
dos Pensamentos Soltos e se não estiver no alinhamento da rubrica
há dias para tudo, sugiro que o criem, para que esta minha divagação ganhe um
enquadramento e faça sentido. 😊
CAFÉ OU CHÁ?
Obrigada!
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024
BEBIDAS À PARTE
terça-feira, 23 de janeiro de 2024
Algumas Notas sobre Amesterdão
Uma cidade flutuante que se estende pelos seus canais, com um curso de 75km e onde os ciclistas incautos podem vir a desaparecer. Andar de bicicleta é uma prioridade e dominar essa prática uma necessidade, para não sofrer quedas aparatosas, embaraçosas e dolorosas.
quinta-feira, 18 de janeiro de 2024
É Hoje!!!
Algo bom deve estar prestes a acontecer.
É desta forma que tento acordar todas as manhãs. Nem sempre acontece, mas
é o melhor ponto de partida para ganhar esperança na vida, em nós, no universo
e demonstra disponibilidade para seguir em frente.
Apesar de parecer uma lição de coach de algibeira, dessas que abundam
por aí, nas redes e fora das redes e que influenciam multidões ávidas de
milagres, não é essa a minha intenção. Juro!!
Obrigo-me a usar esta espécie de mantra porque, para mim, é mais fácil cair
num buraco escuro, por lá ficar a ter pena de mim mesma e lamentar o meu estado
no intervalo de cada soluço meu.
Cada vez que dobro mais um ano de vida e estou a dois dias de o fazer
novamente, num mês que mais parece um pesadelo, recorro a estas âncoras
fortalecedoras para emergir.
Hoje é sempre um bom dia para algo bom acontecer para registo na memória
futura.
Falta saber o que nós entendemos por bom dia.
O que de bom pode acontecer para melhorar o nosso dia de hoje?
Qual o nível das nossas expectativas?
O que valorizamos?
O que nos motiva e qual é o curso das nossas energias?
Um bom dia não tem de estar identificado com as grandes conquistas, destacadas
nas montras dos todo-poderosos. As conquistas que se baseiam em acumulação não
sustentam por muito tempo os nossos bons dias, mas as conquistas que implicam
beneficiar terceiros e melhorar suas condições de vida e promover bem-estar,
essas sim prolongam o nosso bom dia.
Um sorriso de um desconhecido(a) entregue a uma tarefa enfadonha, ininterrupta
e que lhe ocupa grande parte do dia, sem sobras de tempo para demonstrar o que
gosta e sequer decidir o que quer é o exemplo de um bom dia que se repercute em
benefícios crescentes para ambos.
Os bons dias resultam daquilo que não se vê mas se sente e propaga.
Acordei o mundo
Najla tinha muita dificuldade em dormir. No seu entender, a vida podia acabar se se deixasse adormecer. Uma convicção implantada, desde a m...
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Qualquer artista teme perder um dia a sua criatividade e jamais conseguir criar arte. O Pânico é real e atormenta a classe artística que, po...
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