Algo bom deve estar prestes a acontecer.
É desta forma que tento acordar todas as manhãs. Nem sempre acontece, mas
é o melhor ponto de partida para ganhar esperança na vida, em nós, no universo
e demonstra disponibilidade para seguir em frente.
Apesar de parecer uma lição de coach de algibeira, dessas que abundam
por aí, nas redes e fora das redes e que influenciam multidões ávidas de
milagres, não é essa a minha intenção. Juro!!
Obrigo-me a usar esta espécie de mantra porque, para mim, é mais fácil cair
num buraco escuro, por lá ficar a ter pena de mim mesma e lamentar o meu estado
no intervalo de cada soluço meu.
Cada vez que dobro mais um ano de vida e estou a dois dias de o fazer
novamente, num mês que mais parece um pesadelo, recorro a estas âncoras
fortalecedoras para emergir.
Hoje é sempre um bom dia para algo bom acontecer para registo na memória
futura.
Falta saber o que nós entendemos por bom dia.
O que de bom pode acontecer para melhorar o nosso dia de hoje?
Qual o nível das nossas expectativas?
O que valorizamos?
O que nos motiva e qual é o curso das nossas energias?
Um bom dia não tem de estar identificado com as grandes conquistas, destacadas
nas montras dos todo-poderosos. As conquistas que se baseiam em acumulação não
sustentam por muito tempo os nossos bons dias, mas as conquistas que implicam
beneficiar terceiros e melhorar suas condições de vida e promover bem-estar,
essas sim prolongam o nosso bom dia.
Um sorriso de um desconhecido(a) entregue a uma tarefa enfadonha, ininterrupta
e que lhe ocupa grande parte do dia, sem sobras de tempo para demonstrar o que
gosta e sequer decidir o que quer é o exemplo de um bom dia que se repercute em
benefícios crescentes para ambos.
Os bons dias resultam daquilo que não se vê mas se sente e propaga.
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