Hoje, amanhã e depois não irei estar.
Seria bom que no meu primeiro dia de ausência infinitamente prolongada, haja choros, choros de bebés a nascer.
Eu já cá não ficarei para ver, mas vocês sim e o facto de permanecerem cá, então, é porque a vossa missão continua viva e cheia de intenção.
Se pudesse, escolhia sair de fininho, ao som das vossas gargalhadas, ao som das vossas palavras silabadas, revestidas de amor e com hálito a espumante rosé e beijar-vos-ia de longe, com a certeza de que nada vai mudar este estado de felicidade.
Vou levar-vos comigo, em formato slide e rodar a película dos melhores momentos em loop. Só ainda não escolhi a banda sonora que vai acompanhar o acontecimento. Nada muito pesado e deprimente, nem lamechas. Algo com power, ao jeito do divino.
Ainda não me deram indicação da nuvem onde posso aterrar e quem serão os meus vizinhos do lado. Só espero que me recebam com um café quentinho e gostoso. Será o meu quinto ou sexto, mas uma vez morta, que se lixe, as dependências passam a ser um mal menor 😁
Não esperem por mim.
Não se deixem consumir pela saudade. O vosso amor sente-se, mesmo estando muito longe. É intenso e perfumado.
Obrigada por tudo!

