quarta-feira, 18 de maio de 2011

Confiança


Palavra poderosa e qualidade apreciada em qualquer contexto. Condição essencial para sobreviver às adversidades que desafiam a nossa resistência e determinante na conquista de poder pessoal. Quem não a tem sabe atribuir-lhe valor e quem a tem, muitas vezes, esbanja-a inutilmente.
Aqueles que a exibem com excessiva vaidade correm o risco de ser confundidos com arrogantes, desprovidos de sensibilidade para interagir. Afinal estão demasiado agarrados ao poder, que a confiança lhes transmite e não conseguem envolver-se e partilhar experiências. Este tipo de confiança é muito comum e até já há um género que ajuda a identificá-la. Adoram pisar ambientes cheios de actividade humana e ser notados, não disfarçando a satisfação que essa atenção lhes provoca. Investem tudo e nem sequer concebem que haja alguém que não se deixe encantar pela sua descontracção saloia. Isolados perdem a força toda e deixam escapar a sua verdadeira identidade.
Adoram multidões, conviver em grupos grandes, ser o centro das atenções, ser os sabichões que opinam sobre todos os temas mesmo aqueles que não dominam, não sabem conceder ao outro a oportunidade de se expor e brilhar, sem o interromper para afirmarem sua genialidade. Sua confiança é arrasada quando se sentem ameaçados, cada vez que a espontaneidade por parte daqueles que não existem para atrair invejas, acumular ódios de estimação ou  intitularem-se como o único original no meio de tanta cópia, se impõe. 
Os verdadeiramente confiantes não se comportam como únicos no mundo mas confiam no seu valor intrínseco, para garantir o seu espaço e a sua presença.

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