Quero me ir embora!
Esta frase invade os meus pensamentos sem o meu consentimento. Tem tanto de inoportuna como de inconveniente.
Não sei de onde ela surgiu e o que ela me quer transmitir.
Será que me está escapar alguma coisa?
Eu já escapei várias vezes e em diferentes situações.
Todas elas atingiram limites que comprometeram a minha felicidade e bem estar.
Felizmente, soube parar antes de aceitar que aquilo era o melhor para mim e deixar que se transformasse em algo permanente e definitivo.
Nem tudo é aceitável. Principalmente, quando mata o melhor que há em nós e nos faz definhar.
Provavelmente, deveria ter parado muito antes disso mas, a culpa envolve e domina as nossas ações. Ela pesa sobre as vítimas e nunca sobre os agressores.
Tudo começa por uma espécie de rejeição que vai inchando até rebentar numa manifestação de total repúdio e que acaba na deserção.
Porém, desta vez, não sei o que me possa estar a incomodar para eu desviar o meu pensamento para a repetição de uma vontade que eu nem sequer manifestei mas que, discorre como se de uma certeza se tratasse.
Se calhar até sei mas, por enquanto, os elementos que disponho não são clarividentes e a decisão de me afastar seja do que for seria, no mínimo, precipitada.
O facto de, no passado, ter sido uma vontade em conflito, pode ser que seja algo que ainda me atormente pelos danos e superações provocadas.
Às tantas, criei um alerta de segurança com avisos de aproximação de perigo, que me convoca a desenvolver desconfianças e recuar.
Seria inconsequente da minha parte reagir, antecipadamente e sem motivo, para evitar sofrimento e assim interromper o curso da vida.
No entanto, não posso ignorar este sinal. É assoberbador.
Mau Estar ou Necessidade de Mudança?
Qual deles exerce maior interferência na manifestação desta vontade?
Terei de perceber.

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