Muitos saberão do que falo.
Melhor ainda, muitos estão a sentir, neste preciso momento, aquilo que quero dizer.
Habituados ali estar e, principalmente, a habituar os outros à sua presença e que esta será para sempre, até sermos velhinhos.
Tal qual aquele miúdo cumpridor, porém inquieto e que suspira pelo toque para o recreio, para se libertar da repressão diária sentida e gastar energias em algo mais prazeroso, o mesmo também lhe acontece a si e eis que chegou o momento de correr para o recreio e dar uns pinotes valentes.
O que é que me havia de dar agora.
Questionar o modo de vida ao qual eu sempre me propus.
Devo estar a ficar sensível perante as contrariedades quotidianas que, por acaso e nos últimos tempos, têm sido sempre as mesmas.
Qual a novidade?
Convivo com elas todos os dias e todas elas
têm o nome que, curiosamente, está também estampado no tapete à entrada do edifício, que me acolhe à vinte anos e uns trocos, lá prós lados de S. Mamede do Esgotamento.
têm o nome que, curiosamente, está também estampado no tapete à entrada do edifício, que me acolhe à vinte anos e uns trocos, lá prós lados de S. Mamede do Esgotamento.
Não se aflija!
A sua estranheza a este comportamento súbito de contrariação é perfeitamente normal e espectável.
O seu cérebro não está avariado, nem prestes a avariar.
Está apenas a exercer o contraditório.
O seu cérebro não ignorou a sua insatisfação e promoveu diálogos internos, não para o confundir, mas para o ajudar a mover ações para sair desse estado.
É a sua oportunidade de emergir!
E se hoje for a última vez que pisa aquele tapete?
Que sensações lhe provocariam?
Que benefícios lhe iriam trazer?
O que faria no momento seguinte e que já não faz à muito tempo por não haver oportunidade?
Já imaginou?
Continue a imaginar e quando a despedida se impuser e trespassar a porta automática do edifício e a brisa fresca o beijar, saiba que não estará só e os seus irão agradecer.

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