sábado, 19 de outubro de 2024

De Toalhete em Toalhete

 Toalhetes de mesa, em papel, são uma tentação!

Quem como eu, faz-se acompanhar da sua caneta de estimação, antecipando vir a encontrar um toalhete de papel livre, a cheirar a novo, à sua espera, não resiste em colonizá-lo, com desenhos, frases, desabafos, elogios, devaneios, sensações e um filão de emoções soltas.
O toalhete de papel pode dar início a um projeto profissional, levar à concretização de um sonho, expor as dores, que guardamos cá dentro, avivar memórias, registar momentos, programar viagens, definir metas, promover diálogos internos e muito mais.
Eles existem para descarregarmos algo que nos consome, naquele lapso de momento, de bom e de mau e que. precisamos libertar, para depois sair em modo abandono e dar lugar ao rasto seguinte.
Alguém irá sentar-se no lugar que, por instantes, foi meu, diante de uma nova moldura de papel e deixar suas impressões digitais, borrando as minhas, entretanto, jogadas no lixo ou borrifadas com spray desinfetante. 
Eu, entretanto, muito provavelmente, já estarei do outro lado da rua, ocupada a vigiar o semáforo e seguir viagem, para outras paragens, que me hão de levar a novos toalhetes de papel. 

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