terça-feira, 29 de março de 2016

Reféns do style

Personalidades com excesso de vaidade. Causa de muitos litígios, relações cortadas, convivência espaçada, afastamento. Sobrevalorizam-se em relação aos demais, acham que têm de ser servidos e não equacionam trabalhar ou cumprir ordens de outros. Querem ter permanentemente um papel com preponderância. Nunca trabalharam por conta de outros e até evitam-no. Não tendo experiência anterior, não gostam de receber ordens e quando as recebem  sentem-se ofendidos e com o ego ferido. Acham que nasceram para comandar e os outros para executar. Querem ter seguidores e acreditam que reúnem as características de um líder como se fosse algo inato, que não merecesse aprendizagem,    adquirir experiência, buscar conhecimento, perceber como é ser comandado e receber ordens hierárquicas, ter vivido do lado de lá, de quem é regido e se deixa reger, envolver-se, promover sinergias, reconhecer valor, dar o exemplo, abraçar o trabalho com um sentido de missão e não com o sentido de fazer só o que se gosta e encarar os outros como tarefeiros, sair da zona de conforto, marcar a diferença mais com atitudes do que com palavras.
Geralmente são personalidades que subestimam o outro e acham que nada têm a aprender com ele. Iludem-se com cenários, com a possibilidade de um dia virem a ser líderes porque acham que se enquadram no perfil e, convenhamos dá style.
São os tais  que pisam a nuvem e do alto da nuvem a vista lá em baixo é turva e distante e causa muitos vertigens. São os tais com excesso de si e não confundamos com confiança, pois essa requer trabalho, tempo, resistência, auto controlo. São os tais que se acham tão especiais e não percebem porque mais ninguém vê isso e então preferem encarar que é inveja, ciúme, intolerância, autismo e se calhar ingratidão.
Os outros são os descompensados, os mal resolvidos, os amuados, os mal amados, os negativistas, que não compreendem a sua grandiosidade. Riem-se deles como se fossem um género de seres em extinção ou espécies raras, com escárnio e altivez. É a vaidade mais uma vez a consumi-los e a enchê-los de crença de que Tudo podem. 
Há tanta possibilidade no Nada e, na mesma dosagem, do vazio que há no Tudo. Nada é garantido é a Melhor premissa para encetar nossas conquistas.

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