Estamos a caminhar a
passos largos para uma escassez de “Nabeiros”.
É preciso ainda mais empreendedores,
responsáveis de negócios, empresários, donos de indústrias produtivas e
transformadoras, empregadores, visionários, homens e mulheres com iniciativa para
criar e entregar valor, impulsionadores de ideias, o que lhe queiram chamar.
As conjunturas atuais vão sendo cada vez menos favoráveis à criação de empresas de uma certa dimensão e com um grau de responsabilidade elevado. A incerteza é o principal fator dissuasor.
Se dantes havia muito com que nos preocuparmos, atualmente, mais ainda. As guerras regressaram, com elas a escassez de produtos e recursos, o seu encarecimento, a fome, a alta taxa de mortalidade, a baixa taxa de natalidade, o envelhecimento populacional, a deflorestação, a contaminação, as pragas, os incêndios, as cheias, os novos vírus epidemiológicos, os golpes de estado, as quedas dos governos, a corrupção crescente, a dependência financeira, os lobbies, corrigir injustiças salariais, a obrigação de cumprir com as normas e políticas europeias, o pacto de estabilidade e crescimento, os critérios de convergência, a carga fiscal pesada, as oscilações das medidas governativas, a burocratização e centralização do poder, a crescente pressão tecnológica, a invasão da inteligência artificial, os ciberataques, a volatilidade dos mercados, as mentalidades emergentes e o seu impacto nos negócios e nas nossas vidas. Tudo conspira contra o sonho de criar algo nosso, com benefícios internos e externos.
É cada vez mais evidente o quanto isto é efémero e cresce a desmotivação de empreender algo duradouro e permanente.
Se houve algo que o ano
2020 nos ensinou é que imprevistos acontecem e temos de estar preparados.
O empresário tem momentos de solidão e angústia que ninguém parece entender, a não ser os próprios.
Há cada vez mais fatores
externos a ameaçar abalar o sistema empresarial vigente e a ditar desvios e
tendências à velocidade da luz, o que quer dizer que, ou te adaptas e acumulas vantagens
competitivas diferenciadoras, ou morres.
Nem todos podemos ser “Nabeiros”. Porém precisamos, urgentemente, de homens e mulheres com a vontade, a disponibilidade, a abnegação, a preparação e as capacidades certas, para lidar com os desafios e adversidades atuais, para dar continuidade aos negócios e fazê-los crescer.
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