E de repente, quando menos se esperava, veio algo para redefinir o que é verdadeiramente importante.
Estávamos tão protegidos do mal e ocupados connosco próprios e eis que chega o COVID19 para estragar tudo e desorientar nossas Vidas.
Num mundo de cegos poucos conseguem ver a gravidade da situação. Não falo apenas do contágio fácil e rápido que compromete a nossa saúde, falo também da nossa postura relaxada relativamente a esta problemática. Aliás, antes mesmo de sermos atingidos por esta pandemia, o nosso cuidado para connosco e para com os outros era irrisório. Quantos de nós se dão ao trabalho, após o uso do wc ou mesmo antes das refeições, lavar devidamente as mãos e poupar-nos a contaminações, que em pessoas de risco pode muito bem originar a morte e o COVID19 pode até nem ser o responsável. Afinal, é uma estirpe entre tantas outras que pululam por aí.
Neste momento, decretou-se o período de quarentena, implicando perdas económicas e sociais mas, seguramente, ganhos em saúde e bem estar. Assim esperamos.
Todos somos responsáveis. Nessa qualidade, temos de ganhar uma nova consciência social que, quanto a mim, se encontrava amortecida pela correria do dia a dia e pela pressão de ter mais e melhor, para manter ou até subir de categoria.
Ainda que pareça impossível, ainda vamos chegar ao ponto de sentir saudades do nosso dia a dia. De sair para os lugares comuns, de lidar com pessoas comuns e de falar sobre temas comuns. Viver na instabilidade não é bom. Viver na incerteza muito menos.
Estamos todos sujeitos. Uns mais que outros mas, na verdade, estamos todos sujeitos.
Os dias seguintes vão determinar a nossa capacidade de resistência.
Viagens canceladas, visitas suspensas em hospitais e lares, espaços de desporto e lazer fechados, idas aos hipermercados e centros comerciais condicionadas, hospitais em rutura, negócios comprometidos, instituições de ensino encerradas, trabalho remoto para quem pode dispor dessa funcionalidade, evitar espaços públicos e contato físico, parques de diversão interditos, acessos dificultados, a Vida ativa interrompida.
Este estado vai expor nosso caráter, nosso sentido do outro, nossa capacidade de destacarmo-nos do que é supérfluo e de menor importância, inspirar-nos a ser melhores pessoas e resistentes às tentações que comprometem bem estar do todo.
Depois disto, seremos pessoas com outras preocupações e movidas por um novo sentido de Vida.
Viagens canceladas, visitas suspensas em hospitais e lares, espaços de desporto e lazer fechados, idas aos hipermercados e centros comerciais condicionadas, hospitais em rutura, negócios comprometidos, instituições de ensino encerradas, trabalho remoto para quem pode dispor dessa funcionalidade, evitar espaços públicos e contato físico, parques de diversão interditos, acessos dificultados, a Vida ativa interrompida.
Este estado vai expor nosso caráter, nosso sentido do outro, nossa capacidade de destacarmo-nos do que é supérfluo e de menor importância, inspirar-nos a ser melhores pessoas e resistentes às tentações que comprometem bem estar do todo.
Depois disto, seremos pessoas com outras preocupações e movidas por um novo sentido de Vida.