É animador saber que fazemos parte do Mundo e não estamos apenas confinados à nossa terra natal. Esta possibilidade de integração global cria em nós a crença de que podemos ser felizes em qualquer parte do globo. A abertura das fronteiras criou múltiplas vantagens e esta é para mim, indiscutivelmente, a fonte de todas as oportunidades. Viajar sem grandes restrições, estudar no exterior, patrocinados pelos programas Erasmus e Sócrates, o acesso a canais cabo, através dos quais nos chegam notícias do Mundo, as redes sociais que estreitam laços com os amigos, que ganhamos enquanto estudantes estrangeiros e que fomos obrigados a abandonar, para regressar às nossas origens, as redes sociais num contexto profissional que nos actualizam e nos dão a conhecer a realidade dos mercados internacionais, a consulta da imprensa internacional, o turismo, a discussão aberta a todos os países participantes, nas várias cimeiras governamentais e não governamentais que decorrem no mundo inteiro, são alguns dos marcos vísiveis do nosso crescimento.
Nossos desejos também acompanharam a unificação mundial e hoje reflectem isso mesmo ao concebermos criar raízes noutro país, com outros costumes, outro idioma, outro clima, outra cultura, outro grau de conhecimento, outra estrutura. Há uns anos atrás esta mudança radical constituía uma díficil decisão que recaía essencialmente na melhoria das condições de vida. Actualmente, essa decisão está mais facilitada e consciente, isto porque não deparamos com tantos entraves e a aceitação desta miscinização de culturas é bem mais tranquila. A diferença está que antes não tinhamos alternativa e agora, apesar de termos alternativa, optamos sair do conformismo que a proximidade com as nossas raízes nos cria.

Sem comentários:
Enviar um comentário