Escrita livre que, convida a pensar e sentir. Com a Escrita, empreendo fugas oportunas. Atribuo interesse aquilo que parece não ter interesse nenhum. Entendo que, a genialidade é mesmo essa. A Escrita Gourmet tem o seu próprio paladar mas, nem todos o saberão entender. Provavelmente, só os espíritos mais sensíveis encontrarão afinidades, semelhanças, identificação, emoções, realidades diversas, meio mundo, todo o mundo. Encontrarão aquilo que, a disponibilidade dos seus espíritos permitir.
terça-feira, 21 de maio de 2024
Engorda Olfativa
segunda-feira, 20 de maio de 2024
Pecar fininho
Só um pouquinho!
Quero uma fatia bem fininha!
Não enchas o prato!
Quando recebo este tipo de pedido, minha mão tremelica de desdém e o meu olho escorre sangue.
Será que devo recorrer à régua e esquadro ou, para uma maior precisão, será melhor recorrer à medição a laser?
Já me conheço e sei que não vou aguentar, se a fatia cortada for rejeitada por estar acima do peso ideal.
Quem deveria determinar o tamanho da fatia deveria ser eu, a mulher que segura a faca do bolo na mão. Aliás, nem é aconselhável desafiar alguém, que está diante de nós e segura um objeto contundente nas mãos. Pode ser trágico!
Para além disso, bolo não é fiambre para solicitar fatias fininhas.
Cada vez que alguém pede uma fatia do bolo preferido translúcida, dita às pessoas circundantes e que, tal como ela, manifestam vontade de comer uma fatia de bolo, que o façam mas com muito autodomínio. Um convite a pecar às escuras e apressadamente.
quarta-feira, 15 de maio de 2024
segunda-feira, 13 de maio de 2024
Inimigos das Grandezas
Já aconteceu, aliás, está sempre a acontecer, entrar no seu universo e me sentir encantada com todas as opções de pronto a vestir disponíveis e esbarrar, com tamanhos nada inclusivos e espelhos diabólicos. Como se não bastasse, os tamanhos possíveis, não correspondem fielmente à sua atribuição, enganam-nos com fechos interiores invisíveis, botões frágeis, costuras sensíveis, zero elasticidade, aberturas estreitas, que entalam toda a nossa dignidade.
terça-feira, 7 de maio de 2024
ESTAMOS A RECRUTAR!
Quando
leio esta afirmação no linkedin, num portal de emprego ou numa rede social qualquer,
para ser vista por milhares de pessoas, antevejo um cenário muito comum e
omisso.
Queremos
um(a) profissional que preencha o lugar deixado vago por outro profissional(a)
que, se cansou de nós e dos nossos abusos e que faça o mesmo ou mais ainda. Não
podemos perder tempo a acompanhá-lo, integrá-lo e ensiná-lo. Na verdade,
queremos alguém que tape um buraco e viva dentro dele até nos ser útil.
Basicamente,
queremos um Ser mitológico com competências técnicas extraordinárias, características
psicológicas excecionais, disponibilidade total, quatro pernas, a mesma
quantidade de braços, alado, todo ouvidos, dono de uma paciência elástica, um olhar
clínico, uma mentalidade vencedora, uma voz representativa, isenta de opiniões
e sugestões, ativo, mas sem pretensões de casar e ter filhos, independente
emocional, sem bexiga, sem intestino, com boa aparência e melhor apresentação,
ambicioso, mas não muito, fluente em todos os idiomas e linguagens informáticas,
gosto por comunicar e viajar.
Salário
compatível com as funções de aprendiz.
Impossível, recursar!
quarta-feira, 24 de abril de 2024
O Desporto enquanto afluente
quarta-feira, 17 de abril de 2024
Escassez de "Nabeiros"
Estamos a caminhar a
passos largos para uma escassez de “Nabeiros”.
É preciso ainda mais empreendedores,
responsáveis de negócios, empresários, donos de indústrias produtivas e
transformadoras, empregadores, visionários, homens e mulheres com iniciativa para
criar e entregar valor, impulsionadores de ideias, o que lhe queiram chamar.
As conjunturas atuais vão sendo cada vez menos favoráveis à criação de empresas de uma certa dimensão e com um grau de responsabilidade elevado. A incerteza é o principal fator dissuasor.
Se dantes havia muito com que nos preocuparmos, atualmente, mais ainda. As guerras regressaram, com elas a escassez de produtos e recursos, o seu encarecimento, a fome, a alta taxa de mortalidade, a baixa taxa de natalidade, o envelhecimento populacional, a deflorestação, a contaminação, as pragas, os incêndios, as cheias, os novos vírus epidemiológicos, os golpes de estado, as quedas dos governos, a corrupção crescente, a dependência financeira, os lobbies, corrigir injustiças salariais, a obrigação de cumprir com as normas e políticas europeias, o pacto de estabilidade e crescimento, os critérios de convergência, a carga fiscal pesada, as oscilações das medidas governativas, a burocratização e centralização do poder, a crescente pressão tecnológica, a invasão da inteligência artificial, os ciberataques, a volatilidade dos mercados, as mentalidades emergentes e o seu impacto nos negócios e nas nossas vidas. Tudo conspira contra o sonho de criar algo nosso, com benefícios internos e externos.
É cada vez mais evidente o quanto isto é efémero e cresce a desmotivação de empreender algo duradouro e permanente.
Se houve algo que o ano
2020 nos ensinou é que imprevistos acontecem e temos de estar preparados.
O empresário tem momentos de solidão e angústia que ninguém parece entender, a não ser os próprios.
Há cada vez mais fatores
externos a ameaçar abalar o sistema empresarial vigente e a ditar desvios e
tendências à velocidade da luz, o que quer dizer que, ou te adaptas e acumulas vantagens
competitivas diferenciadoras, ou morres.
Nem todos podemos ser “Nabeiros”. Porém precisamos, urgentemente, de homens e mulheres com a vontade, a disponibilidade, a abnegação, a preparação e as capacidades certas, para lidar com os desafios e adversidades atuais, para dar continuidade aos negócios e fazê-los crescer.
terça-feira, 16 de abril de 2024
Colonos do Algarve
quarta-feira, 10 de abril de 2024
O que se seguirá?
segunda-feira, 25 de março de 2024
A Felicidade não é uma profissão
A Felicidade persegue-nos ou nós é que perseguimos a felicidade?
Agora, fiquei na dúvida.
O tema felicidade não é novo mas, subitamente, ganhou um mediatismo esquizofrénico e a pressão para sermos felizes é torrencial. Até parece que todos nascemos privilegiados e se cumprirmos determinados mandamentos, práticas e súplicas seremos verdadeiramente felizes.
No meu caso, sinto que a felicidade me persegue a todo o tempo e toda a hora. Os modelos de felicidade atuais massificaram-se e as montras virtuais exibem-nos de forma descarada e alucinada, fazendo-me acreditar na sua multiplicação e no seu foco de contágio.
O que me impede de acreditar nesses modelos purpurina é um ditado antigo e geracional que me intima a ver para crer. Só compro, se conseguir comprovar seus benefícios em mim.
Estes são os remédios infalíveis para ser feliz, prescritos por gurus encartados em felicidade.
Dormir bem,
Comer melhor,
Ingerir muita água,
Praticar exercício físico,
Meditar,
Agradecer,
Sorrir,
Socializar com pessoas positivas e bem humoradas,
Caminhar na natureza,
Fazer novos amigos,
Respirar fundo....e tentar não ter um ataque de ansiedade.
A felicidade não é uma profissão, nem uma folha com limites e margens que não podem ser ultrapassadas.
Vejam o caso dos obsessivo compulsivos e supersticiosos, que precisam escovar os dentes durante trinta segundos, para não atrair azares. O que os movimenta é a rival antagonista da felicidade. Suas ações repetitivas funcionam como as orações orientadas para deus, ajudá-los a não desviar-se do caminho e orientá-los.
Sou feliz quando percorro as estradas de Portugal e visito de longe as casas arrumadas na paisagem, prescruto-as, sem invadir seus aposentos, decifro os seus gostos, invento detalhes escondidos, procuro sinais de vida e depois regresso à minha, plena de contentamento.
A felicidade não é o propósito. O propósito é viver!
segunda-feira, 18 de março de 2024
AMANHÃ É DIA DO PAI
A propósito disso, lembrei-me de todos os pais repetentes, aqueles que têm mais do que um filho e se isso contribuiu para uma maior aprendizagem sobre como ser um bom pai.
Eu sou a filha mais velha, juntamente, com a minha irmã gémea e acredito que para os meus pais, não tenha sido fácil saber, no dia do parto, que afinal em vez de uma, seriam duas meninas. Minha mãe ainda não devia ter recuperado a consciência e meu pai, perdeu-a naquele instante. Nem houve tempo para assimilar a notícia. O choque deve ter sido tsunámico,
Acordei o mundo
Najla tinha muita dificuldade em dormir. No seu entender, a vida podia acabar se se deixasse adormecer. Uma convicção implantada, desde a m...
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Qualquer artista teme perder um dia a sua criatividade e jamais conseguir criar arte. O Pânico é real e atormenta a classe artística que, po...
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Egos tantos Egos a gritar, tantos a querer manifestar-se e, nossos sentidos ofendidos consomem-se, a tentar compreender o que querem dizer,...
